Caixa Preta no Centro Cultural Banco do Brasil

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Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS e Centro Cultural Banco do Brasil

Caixa Preta

apresentam  

“Caixa Preta”

Com direção de Fernando Rubio, instalação performática teatral convida o público a vivenciar um luto coletivo.

Em cena, as atrizes/performers Giulia Grandis e Ludmila Wischansky dividem o espaço cênico com um “morto” e com o público em duas apresentações diárias

Uma performance em que um homem morto e duas mulheres feridas convidam o público para um velório coletivo em que a postura diante do luto é colocada em questão. Essa é a proposta de “Caixa Preta”, instalação teatral que discute do tabu da morte, que será inaugurada em 21 de março no Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil, com apresentações de quinta a domingo, às 17h e às 19h, até 21 de abril, com ingressos a partir de R$ 15.

Nascida do encontro do diretor argentino Fernando Rubio e das atrizes Giulia Grandis e Ludmila Wischansky, a obra teve como inspiração e ponto de partida a escultura “Pai Morto”, de Ron Mueck, e o livro “História da morte no ocidente”, de Philippe Ariès, além de vivências dos três relacionadas à morte e ao luto. Ao longo de toda a temporada, o “velório-instalação” estará aberto à visitação do público, com entrada gratuita, diariamente entre 9h e 21h, (exceto terça-feira).

A performance começa na rotunda do CCBB, com as duas atrizes atravessando o cotidiano dos visitantes do centro cultural antes mesmo de ingressarem no Teatro III. Em cena, as duas mulheres encontram-se diante de um cadáver de um homem. A disposição cênica e projeções nas paredes convidam o público a circular pelo ambiente para velar esse corpo sem vida. É justamente essa contemplação fúnebre que dispara e desenvolve a relação entre as personagens e os espectadores. Não se sabe quem são essas mulheres, nem qual é a relação delas com o falecido. A cada situação, conversa, silêncio, projeção, movimentação se torna mais presente o mistério e a curiosidade sobre as duas.

“Não quis me limitar ao campo das ações. ‘Caixa Preta’ é um trabalho de reflexão sobre a experiência de cada um. É sobre a morte de pessoas que temos contato, de desconhecidos, e da expectativa da nossa própria morte, e como nos comportamentos diante dessa realidade. É a vivencia o luto coletivo, numa sensibilidade que atravessa a todos nós”, conta o diretor Fernando Rubio. “Assim como em um velório, o público tem a liberdade de permanecer no Teatro III o tempo que desejar. Pode também sair e regressar quantas vezes julgar necessário, assim como as atrizes. É possível, também, acompanhar tudo à distância, por meio de totens espalhados pelo CCBB que transmitem em tempo real a performance”, explica.

A dramaturgia inédita de Fernando Rubio foi construída durante o processo de criação da montagem a partir de um desejo comum entre as atrizes Giulia Grandis e Ludmila Wischansky e o diretor em falar sobre a morte, um tema por muitas vezes desconfortável, porém natural e inevitável. “Caixa Preta” propõe um olhar reflexivo, crítico, amoroso, por vezes dramático, por vezes humorado, sobre nossos comportamentos e construções face à morte. “‘Caixa Preta’ trata da morte num conceito mais arquetípico num lugar que transcende o teatral”, define Ludmila Wischansky. “Propõe ainda outra construção ritualística por meio de um olhar renovado e não fixo em relação ao luto”, completa Giulia Grandis.

Caixa Preta” é a quinta montagem de Fernando Rubio a ser apresentada no CCBB. Conhecido por suas intervenções artísticas ao ar livre e em centros culturais, o artista esteve no festival Cena Brasil Internacional em 2013 como o projeto “Podem deixar o que quiserem” e em 2014 com “Tudo ao que esta ao meu lado”, uma performance realizada na rotunda do CCBB. Ano passado, o artista argentino levou para o mesmo festival as intervenções “O tempo entre nós” e “Eu não morro, não mais”, que foram realizadas com atores brasileiros.

 

SOBRE FERNANDO RUBIO

Natural de Buenos Aires, Argentina, o diretor, dramaturgo e artista visual Fernando Rubio atualmente mora no Rio de Janeiro. Realiza desde 1998 projetos que buscam a formulação do espaço e o vínculo com os espectadores, apresentando montagens, intervenções urbanas, instalações, performances e documentários ao redor do mundo. Atualmente, é diretor do projeto de residência multidisciplinar El Jardín Sahel e do Festival Latinoamericano de Intervenciones y Performance de Argentina.

Em 2001 fundou sua companhia INTIMOTEATROITINERANTE. Apresentou seus trabalhos em festivais internacionais de teatro e cinema, bienais, museus, centros de arte, teatros e espaços públicos da Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Coréia, Cuba, Equador, Egito, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Itália, México, Portugal, Rússia, Cingapura e Uruguai.

Seus textos foram traduzidos para o alemão, inglês, coreano, grego, finlandês, holandês, italiano e francês. Publicou muitos trabalhos, entre eles “Histórias para um longo inverno” (2003), “Tudo perto” (Libros del Rojas, UBA, 2005), “Um barco de cimento em um mundo paralítico para crianças abstratas” (Atuel, 2006), o livro de fotografias e histórias “Falar”, “A memória do mundo” (Interzona, 2005), “Dramaturgias de ação: textos para teatro, intervenções e performances” (Editorial Colihue, 2012), “Podem deixar o que quiserem” (Editorial Libretto, 2016), “Tudo ao que está ao meu lado” (Festival Internacional de Buenos Aires, 2017).

Rubio recebeu prêmios em diversos países por suas obras, entre elas “Eu não morro, não mais”, “Quando a dor acaba”, “Cartofrafia infinita”, “Ninguém disse que eu tinha vindo a este mundo para esquecer tudo eu uma vez sonhei”, “Tudo ao meu lado”, “O tempo entre nós” e “Podem deixar o que quiserem”.

 

SOBRE GIULIA GRANDIS

Atriz e diretora, formada em Direção Teatral na UFRJ e Licenciatura. Dirigiu diversos espetáculos dentre eles “Viúva, porém honesta”, de Nelson Rodrigues, e “Maria do Caritó”, de Newton Moreno. Recebeu o prêmio Inspiração do Amanhã 2014 como atriz e diretora. Recentemente, atuou nos espetáculos “BIRD”, “Festa no Interior” e “Rinocerontes”. Por este último foi indicada para o prêmio de melhor atriz no Festival de Caxias.

Fez parte do elenco de peças dirigidas por Daniel Herz, e participou de novelas, alguns curtas e comerciais. Trabalhou nos musicais “Nine” e “Garota de Ipanema – amor é bossa”. Em 2012, foi semifinalista do Concurso de Talentos da Malhação do Caldeirão do Huck. Atualmente, está na 7ª Oficina de Atores Cesgranrio.

 

SOBRE LUDMILA WISCHANSKY

Atriz formada na Casa de Artes de Laranjeiras e produtora da empresa Rendezvous Produções Artísticas. Em sua formação priorizou o estudo da técnica da Mímica Corporal Dramática, de Etienne Decroux, bem como a técnica de atuação com Máscara Balinesa. Ministra oficinas de atuação com Máscara Balinesa em escolas e festivais de teatro.

Em 2017, idealizou e participou como atriz do espetáculo “Branca”, de Walter Daguerre, com Direção de Ivan Sugahara. Ao longo de sua carreira, realizou espetáculos com algumas companhias de teatro como a Cia Amok (“Macbeth” e “Savina”), Cia Cutelaria de Teatro (“Sr Fox”), Cia Boto Vermelho (“Dispare”) e Eita Coletivo (“Maria do Caritó”), além de diversas outras montagens. 

SOBRE O CCBB

Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil celebra 30 anos de atuação com mais de 50 milhões de visitas. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, o CCBB é um marco da revitalização do centro histórico da cidade e mantém uma programação plural, regular, acessível e de qualidade. Mais de três mil projetos já foram oferecidos ao público nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. Agente fomentador da arte e da cultura brasileira segue em compromisso permanente com a formação de plateias, incentivando o público a prestigiar o novo e promovendo, também, nomes da arte mundial.

FICHA TÉCNICA:

CAIXA PRETA

Projeto da Cia. Eita! Coletivo

Direção, concepção visual e autoria: Fernando Rubio

Performers: Giulia Grandis e Ludmila Wischansky

Assistente de direção: Manuela Moog

Produção: Leticia Napole e Miçairi Guimarães

Colaboracao artistica: Gabriel Barros

Tradução: Laura Limp

Design gráfico: Bruno Dante

Fotografia: João Julio Mello

Realização: Rendezvous Produtora

 

Espetáculo: “Caixa Preta”

Temporada: De 21 de março a 21 de abril de 2019.

Dias e Horários: de quinta a domingo, às 17h e às 19h.

Local: CCBB Rio (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro) – Teatro III

Informações: (21) 3808-2020.

Capacidade: 80 lugares. Recomendação etária: 16 anos.

Duração: 80 minutos.

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

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Assessoria de imprensa:

Catharina Rocha

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