Conheça 14 coletivos culturais para ficar de olho em 2019

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Conheça 14 coletivos culturais para ficar de olho em 2019

Conheça 14 coletivos culturais para ficar de olho em 2019

Edital Natura Musical patrocina projetos que reúnem atitude, música e público diverso em vários Estados do país

Foto: Matheus Thierry


Ouça aqui:
 http://youtu.be/Gdg1JAO14BY

Com os coletivos culturais, funciona assim: um propósito em comum mobiliza toda uma cena e faz com que a música alcance mais pessoas. O resultado pode ser um bloco de Carnaval, uma festa com muita diversidade de som, uma programação cultural ou ações de formação e profissionalização para o mercado da música. Esses são só alguns exemplos do que os 14 coletivos selecionados no mais recente edital do Natura Musical prometem realizar ao longo do ano.

Em 2018, o programa abriu, pela primeira vez, espaço para a categoria dos coletivos culturais. “Esses grupos carregam um potencial de movimentar o mercado da música e contribuir para o desenvolvimento da cena ao redor deles”, afirma Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.

A produtora Carol Carvalho se juntou a outras mulheres no Rock de Mulher Circuito, um dos projetos patrocinados por Natura Musical. O coletivo começou promovendo eventos musicais com predominância feminina em Natal, no Rio Grande do Norte, e, com o apoio do programa, fará também oficinas de formação musical e debates. “Sabemos o quanto é difícil para mulheres, em primeiro lugar, fazer a escolha por profissões de dominância masculina, permanecer nesses cargos é uma batalha em qualquer fase da vida. A mudança que queremos promover é para que as mulheres se valorizem, se apoiem, empreendam e levem a vivência do projeto além”, acrescenta.

No mesmo caminho, o Projeto Concha, no Rio Grande do Sul, também selecionado pelo edital, vai capacitar mulheres para que elas possam atuar em posições de trabalho que até então eram ocupadas majoritariamente por homens. Já o Breve, em São Paulo, abrigará oficinas para que artistas desenvolvam suas carreiras e contribuam para impulsionar a cena musical independente.

“Os coletivos também ampliam a voz de movimentos sociais e culturais de resistência que buscam representatividade”, comenta a gerente de Marketing da Natura. “Um exemplo emblemático disso é a Batekoo. Essa festa celebra a cultura negra e periférica. É uma festa que reúne pessoas que acreditam na coexistência e na diversidade, acima de tudo. É estimulante ver como esses grupos estão agitando a cena musical”, completa Fernanda Paiva.

Na opinião de Rafael Chioccarello, um dos 27 curadores do edital Natura Musical e idealizador do Hits Perdidos, os coletivos culturais deixam também um legado valioso para as gerações futuras. “Um coletivo por si só é formador de opinião e cria uma identidade forte. Tem o potencial de alimentar toda uma rede e pode mudar vidas, tanto no aspecto ideológico, como também na economia criativa. Eles trazem novos olhares e mecanismos de engajamento porque, felizmente, o mundo vive em constante transformação. Um coletivo tem o poder de transformar não só a música como também as pessoas”.

Saiba quais são os coletivos que valem a pena ficar de olho neste ano:

Afrocidade (BA): Formada por doze integrantes, a banda de Camaçari (BA) saúda os tambores da África, embalada pela força e musicalidade do pagode baiano. Assim, cantam as lutas e resistências do povo negro. Agora, o grupo prepara a gravação do primeiro álbum, com direito a shows de lançamento.

Batekoo (BA): Produzida por jovens negros, a Batekoo é uma mistura de festa black dos Estados Unidos com os bailes funks das favelas brasileiras. Em cinco anos, a festa se tornou um movimento que empodera o público periférico e LGBT. Batekoo promete um grande evento com festas e debates.

Bloco da Laje (RS): Foi nas ruas de Porto Alegre que o Bloco da Laje fez sua história. Atualmente, são conhecidos por fazer o carnaval acontecer não só na rua, mas também no palco. O coletivo se destaca ao promover um encontro inventivo entre teatro e carnaval. Bloco na Laje continuará com o Carnaval e os shows, e ainda gravará documentário.

Intercenas Musicais (BA): Em quatro temporadas, o coletivo já promoveu o encontro entre artistas e público com eventos e miniturnês. Larissa Luz, OQuadro e BaianaSystem já marcaram presença no Intercenas Musicais. Ao longo de 2019, o palco do Commons Studio Bar, em Salvador, receberá uma série de show organizados pelo coletivo.

Midsummer Madness (RJ): O coletivo faz de tudo quando o assunto é música: além de gravadora independente, também é selo musical e produtora audiovisual. Para resgatar essa trajetória musical, Midsummer Madness pretende lançar na web uma coletânea reunindo até 50 artistas de todo o território nacional.

Mostra IMuNe (MG): Em que momentos a música feita por negros ocupa de fato os palcos? A resposta para essa inquietação veio em forma de um projeto que apoia e apresenta o trabalho de artistas negros mineiros. A Mostra chegará em outras quatro cidades, além de Belo Horizonte, com shows e debates sobre representatividade no meio musical.

Ritmos Novos Sons da Bahia (BA): Este projeto documentará em cinco episódios o universo da música contemporânea da Bahia. Cada um dos vídeos apresentará diferentes artistas com histórias que se relacionam entre si. A série Ritmos Novos Sons da Bahia vai ser veiculada na TV aberta e na internet.

Rock de Mulher Circuito (RN): A busca pela representatividade foi o que impulsionou Simona Talma a realizar eventos com predominância feminina como o Rock de Mulher, em Natal (RN). O coletivo ampliará sua atuação com oficinas e debates em Natal, Recife e João Pessoa, além de shows liderados por vozes femininas.

Samba de Dandara (SP): Nessa roda, a cadência do samba tem alma feminina. Samba de Dandara celebra o nome de sambistas e intérpretes que abriram os caminhos para que todas pudessem ocupar um lugar de protagonismo na música. O grupo se prepara para gravar um disco, com show de lançamento.

Sonâncias Lab (MG): O projeto do coletivo Quente movimenta a cena musical mineira com festivais e promove o encontro entre artistas e profissionais do mercado. Agora, bandas de todo o país poderão participar de uma residência artística. O resultado dessa imersão será materializado com o lançamento de EPs e shows.

Sons que Vem da Serra (RS): Em cinco anos, o coletivo do selo Honey Bomb Records já revelou diversos nomes da cena independente e promete continuar sendo uma vitrine da nova música gaúcha. O selo produzirá canções de 10 artistas após um período de residência no estúdio. As faixas serão gravadas para a coletânea “Sons Que Vem da Terra”.

Mostra Maré de Música (RJ): O projeto leva atrações musicais gratuitas, com talentos locais e nomes renomados, aos moradores da Maré, maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro. Os encontros serão mensais, de fevereiro a novembro de 2019. A programação cultural está garantida com shows, cinema e debates.

O Corre (SP): O Breve começou com um palco para bandas independentes. Com o projeto Corre, o grupo quer alavancar o desenvolvimento dessa nova cena se transformando também em um espaço para formação de músicos. Artistas participarão de palestras sobre gerenciamento de carreira e receberão consultoria de mentores do mercado.

Projeto Concha (RS): O coletivo Agulha tem tecido uma rede de apoio entre mulheres artistas com o projeto Concha. O evento é mensal e já recebeu Luedji Luna e Saskia, por exemplo. Concha vai continuar agitando os shows e se lança em duas frentes: residências artísticas e oficinas técnicas para que mais mulheres ocupem a área de produção musical.

Sobre Natura Musical

Natura Musical é a principal plataforma de patrocínio da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu R$ 132 milhões no patrocínio de 418 projetos – entre CDs, DVDs, shows, livros, acervos digitais e filmes. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do país e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. Em 2018, o edital do programa selecionou 50 projetos em todo o Brasil, entre artistas, bandas e coletivos, e estabeleceu parcerias com 10 festivais independentes de Norte a Sul do país. A plataforma digital do programa leva conteúdo inédito sobre música e comportamento para mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente da música brasileira, com cerca de 100 shows para adultos e crianças ao longo de 2018.


Assessoria de Imprensa | Natura Musical

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