Curta brasileiro na reta final da corrida a uma vaga no Oscar 2023

 
 

 Pela segunda vez na História, um curta brasileiro pode ser indicado ao Oscar  

“Sideral”, curta-metragem de Carlos Segundo está na shortlist da categoria Melhor Curta Live Action do Oscar 2023 e tem sido apontado como favorito em diversas listas de críticos e veículos internacionais

Curta fez sua estreia mundial na Competição Oficial do 74º Festival de Cannes e já conquistou 66 prêmios em festivais do Brasil e do mundo

“O sucesso de ‘Sideral’ é muito importante para o cinema brasileiro, em um momento em que nosso país acaba de sair de quatro anos de violência física e simbólica da extrema direita, principalmente contra a cultura. Maravilhoso em todos os sentidos, com um final inesquecível”

(Karim Aïnouz, para Variety)

“Belo e primoroso curta-metragem brasileiro ‘Sideral’, de Carlos Segundo, está na shortlist do Oscar.”

(Kleber Mendonça Filho, pelo Twitter)

Filmado nas cidades de Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim, “Sideral” integra a disputada lista de trabalhos pré-finalistas do Oscar 2023. Entre as mais de 200 produções qualificadas na categoria, o filme, dirigido por Carlos Segundo em parceria com a Casa da Praia Filmes, foi selecionado para a shortlist e já está entre os 15 que disputam, agora, uma das cinco vagas da indicação final. A lista dos cinco indicados será divulgada em 24 de janeiro e o Brasil é o único país latino na corrida de curtas-metragens deste ano. 

Se “Sideral” for indicado, esta será a primeira vez que um filme potiguar concorre ao Oscar e a segunda vez que um curta brasileiro concorre na categoria. Em 2001, “Uma História de Futebol”, de Paulo Machline, concorreu ao Oscar na categoria Curta-Metragem Live Action. Em julho de 2021, “Sideral” já havia também sido a primeira produção do Rio Grande do Norte a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes, integrando a Seleção Oficial de Curtas-Metragens. 

Junto com “O Território”, longa documental de Alex Pritz, coprodução entre Brasil, Dinamarca e EUA, “Sideral” compõe a representação de filmes brasileiros no Oscar 2023. Porém, na categoria de curtas live action, destaca-se dos outros 14 filmes por outras características além da nacionalidade, como sendo o único filmado em preto e branco e com a janela 4:3. O diretor Carlos Segundo acrescenta: “Mas é também um filme que se distingue na forma de narrar e de se desenvolver, se distanciando de um formato mais clássico na construção da personagem e sua jornada.”

CAMPANHA RUMO AO OSCAR – PRIMEIRA FASE

A campanha de “Sideral” no Oscar 2023 até o momento tem sido longa. Para chegar até a cerimônia da premiação, no próximo 12 de março de 2023, tudo começou em 22 de outubro de 2021, quando filme ganhou o Hugo de Ouro de Melhor Curta Live Action no 57º Chicago International Film Festival, prêmio que habilitou pela primeira vez o filme no certame da Academia americana. Depois disso, o curta circulou muito bem pelos Estados Unidos, o que conta muito para uma indicação oficial.

Uma vez qualificado, passou, então, para a primeira fase da disputa, com os 200 curtas mais premiados do mundo inteiro nos últimos dois anos. Naquela etapa, apenas os membros da Academia que são das áreas de curtas-metragens e animação votavam e podiam dar  nota de 1 a 10 para os concorrentes. Neste estágio, era importante que tais membros vissem o filme e as produtoras de “Sideral” organizaram uma sessão em Los Angeles, com a presença do diretor, como parte do Hollywood Brazilian Film Festival, em que os filmes brasileiros aptos, como “Marte Um”, foram exibidos para uma plateia local. 

Daniel Rezende, montador de “Tropa de Elite” e “Cidade de Deus”, mediou a conversa entre Carlos Segundo e Jorge Camarotti, brasileiro diretor do curta “Ousmane”. Mas, além de exibir para os votantes, uma campanha como esta, que necessita de muito investimento, só pode torcer para chegar aos corações dos votantes: “Não sabemos, por exemplo, qual foi a real performance do filme na primeira etapa. Então, a gente trabalha em meio a especulações. É tudo muito novo para nós, e muitas vezes pouco palpável”, acrescenta o diretor.

SEGUNDA FASE 

E isso torna o feito de “Sideral” ainda mais importante, chegando à segunda fase diante de uma grande concorrência e a peculiaridade de não haver nenhum outro filme unicamente norte-americano, o que, segundo os produtores é uma vantagem: “Temos uma oportunidade única para o Brasil, em 2023, de estarmos no Oscar sem a forte e natural ampla concorrência estadunidense. Por isso, estamos confiantes e apostando que muitos votantes de todas as Américas possam, então, se identificar com ‘Sideral’ e elegê-lo como seu representante. Na verdade, ‘Sideral’ é praticamente o único filme de fora da Europa. Há apenas uma coprodução franco-libanesa e uma ítalo-americana conosco nessa estatística, mas o hemisfério sul é nosso”, brinca o produtor Pedro Fiuza.

A partir de publicações nas redes sociais, correio eletrônico especializado, lives com equipe e elenco, reuniões com autoridades e sessões online do filme para os votantes da academia, a produção de “Sideral” tem construído a campanha do filme. Na última quinta, 12/01, data de abertura da votação, foi realizada uma live, em inglês, de Q&A (“questions & answers”, ou “perguntas e respostas”, em português), com a presença do diretor Karim Aïnouz (“A Vida Invisível”) como convidado, além do diretor e da protagonista Priscilla Vilella, para o instagram do festival HollyShorts, onde “Sideral” participou e foi premiado como Melhor Diretor. (assista aqui: https://www.instagram.com/p/CnU4p2iqTtp)

     

O trabalho agora da produção é para que os votantes, nesta fase formados pelos ramos de diretores, produtores e roteiristas, além dos membros que já votavam, possam primeiro optar em votar na categoria (curta live action), que não é uma obrigação, e depois coloquem “Sideral” até a 5ª posição de sua lista de 10 favoritos em ordem decrescente, uma diferença desta fase, que se encerra no dia 17/01. E segundo especulações da imprensa especializada, como a importante revista americana Variety, em publicação de 12/01/23, “Sideral” estará entre os 5 indicados.

https://variety.com/lists/2023-oscars-predictions-ranked-best-picture/best-live-action-short

No próximo dia 24 de janeiro, a Academia anunciará os indicados e, se for bem sucedido na votação da shortlist e tiver seu título pronunciado, “Sideral” fará história ao chegar na cerimônia do maior prêmio do cinema mundial. Nunca um curta potiguar chegou sequer perto desta conquista e desde 2001, um curta brasileiro não é indicado na categoria, quando “Uma História de Futebol”, de Paulo Machline, entrou no páreo.

“‘Sideral’ é um filme que começou pequeno, produzido em Natal (RN), e que aos poucos foi ganhando o mundo e conquistando tudo, por ser, ao mesmo tempo, um filme bem universal. Temos consciência da obra que construímos, da sua força narrativa e estética, e da sua importância artística, social e política. Continuamos na campanha rumo ao Oscar, mas cientes da trajetória linda que o filme fez, que é o mais importante de tudo”, comenta Carlos.

O FILME

“Sideral” é uma ficção que se desenvolve no futuro, em torno do histórico dia do lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro na base aérea de Natal e como isso afeta a vida de Marcela, Marcos e seus dois filhos. Sobre a obra, Carlos Segundo, professor titular no curso de Audiovisual da UFRN, comenta: “Sideral é um filme que passeia de forma sutil por diferentes temas, podendo ainda ser considerada uma obra tragicômica. O filme transita entre os campos poético e realista, conseguindo com isso convergir elementos técnicos e estéticos de uma forma muito singular. É uma obra que só poderia ter sido realizada aqui no Rio Grande do Norte”.

Com produção brasileira de Mariana Hardi e Pedro Fiuza, através da Casa da Praia Filmes, “Sideral” foi parcialmente financiado pela Lei Aldir Blanc do estado do Rio Grande do Norte. É um filme genuinamente natalense com equipe e elenco de profissionais potiguares, estrelado por Priscilla Vilela e Enio Cavalcante. 

É coprodução internacional entre as empresas brasileiras Casa da Praia Filmes, O sopro do tempo e a francesa Les Valseurs, parceria iniciada no longa “Fendas” (2019), também dirigido por Segundo repetida recentemente no curta “Big Bang”, ganhador do Leopardo de Ouro de Melhor Curta de Autor no 75º Festival de Locarno, em agosto de 2022. A Casa da Praia Filmes é uma produtora fundada e sediada em Natal/RN e “Sideral” foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal e CNC – Centre National du Cinéma et de l’Image Animé.

FESTIVAIS E PRÊMIOS

Além do Festival de Cannes e a shortlist do Oscar, “Sideral” vem traçando uma carreira surpreendente em festivais nacionais e internacionais, construindo uma trajetória que conta com 125 festivais e 66 prêmios, sendo 25 deles de Melhor Filme.

Alguns festivais, premiações e indicações de destaque incluem:

  • 74º Festival de Cannes

  • 57º Festival de Chicago

  • 44º Festival de Clermont-Ferrand

  • 28º Festival de Palm Springs

  • 46º Festival de Hong Kong

  • Shortlist de Melhor Curta Live Action no 95º Oscar

  • Melhor Ficção em Curta-Metragem no 27º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro

  • Indicado a Melhor Curta-Metragem Brasileiro no Prêmio Abraccine 2021

  • Indicado a Melhor Curta-Metragem Ficção (1º semestre) no 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (2022)

Veja a lista completa aqui:

Festival e Premios

https://docs.google.com/document/d/1vdrU-WuObMVb4L5QOLI87LPuZ9Vl4MnmYV1CX0HLvWo/edit?usp=sharing

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

“SIDERAL”

ANO: 2021

GÊNERO: Ficção (drama)

DURAÇÃO: 15 minutos

PAÍSES: Brasil, França

DIREÇÃO E ROTEIRO: Carlos Segundo

EMPRESAS PRODUTORAS: Casa da Praia Filmes (Brasil/RN), O sopro do tempo (Brasil/MG)

EMPRESA CO-PRODUTORA: Les Valseurs (França)

 

FICHA TÉCNICA

ELENCO: Priscilla Vilela, Enio Cavalcante, Fernanda Cunha, Matheus Brito, George Holanda, Matteus Cardoso e Robson Medeiros;

COM VOZES DE: Henrique Fontes e Ednaldo Martins;

DIREÇÃO E ROTEIRO: Carlos Segundo;

PRODUÇÃO: Mariana Hardi, Pedro Fiuza, Damien Megherbi e Justin Pechberty;

PRODUÇÃO EXECUTIVA – BRASIL: Mariana Hardi;

DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Carlos Segundo e Julio Schwantz;

DIREÇÃO DE ARTE: Ana Paola Ottoni;

FIGURINO: Rosângela Dantas;

MONTAGEM: Carlos Segundo e Jérôme Bréau;

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Mariana Hardi

1ª ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Pedro Fiuza

2ª ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Luiza Oest

ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO: Matteus Cardoso

ASSISTÊNCIA DE FOTOGRAFIA: Julia Donati;

ASSISTÊNCIA DE ARTE: Daniel Torres e Vitória Ventura;

CONTRARREGRAGEM: Daniel Torres;

SOM E MICROFONAÇÃO: Miguel Sampaio;

OPERAÇÃO DE BOOM: Vamberto Junior;

MÚSICA ORIGINAL: Jérôme Rossi;

DESENHO DE SOM: Antoine Bertucci;

EFEITOS SONOROS: Didier Falk;

MIXAGEM DE SOM: Vincent Arnardi;

DESIGN GRÁFICO: Yasmin Knoller Yrondi;

VFX: Jeff Essoki;

COR: Caïque de Souza;

DIREÇÃO DE PÓS-PRODUÇÃO: Frédéric Ouziel;

ASSISTÊNCIA DE MONTAGEM: Cécile Valente, Zina Saïdi e Gwenegann Barreau;

REDES SOCIAIS DA CASA DA PRAIA FILMES

Instagram: instagram.com/casadapraiafilmes

Twitter: twitter.com/praiadacasa

Facebook: facebook.com/casadapraiafilmes

YouTube: youtube.com/casadapraia

Vimeo: vimeo.com/casadapraia

CONTATOS PARA IMPRENSA

Flavia Guerra: (11) 99875-8882 flaviaguerra@gmail.com

CONTATOS DE PRODUÇÃO

Casa da Praia Filmes: casadapraiafilmes@gmail.com

Mariana Hardi (produtora): (84) 98734-6660 marianahardi@gmail.com

Pedro Fiuza (produtor): (84) 99456-9371 pedrofiuza@gmail.com

Carlos Segundo (diretor e roteirista): (11) 95108-6029 dir.carlossegundo@gmail.com

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