Filipe Catto | Lançamento | Videoclipe

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Filipe Catto | Lançamento | Videoclipe

Inspirado pela pop art,  Filipe Catto reencontra o passado em novo clipe gravado em NY

            A data de lançamento de É Sempre O Mesmo Lugar, novo clipe do cantor e compositor gaúcho Filipe Catto, foi escolhida a dedo: esta sexta-feira, 22 de fevereiro, marca o aniversário de nascimento de Elke Maravilha e também o da morte de Andy Warhol, duas das maiores inspirações do artista. “Elke sempre foi o maior ícone queer da minha vida e, Warhol, minha maior inspiração como designer gráfico.”  

            A música, de César Lacerda e Rômulo Fróes, faz parte do álbum mais recente do artista, CATTO (Biscoito Fino, 2017).

            “O clipe é um reencontro com meu passado”, diz Catto, “no dia 22/2 do ano em que eu nasci Andy Warhol morreu. Muito tempo depois, quando eu era apenas um personagem da noite de Porto Alegre, trabalhei fazendo a trilha para uma peça, no Teatro de Arena, sobre Warhol, Edie Sedwigck e a era de excentricidade e brilho da Factory. Foi uma imersão profunda no universo da pop art e um aprendizado que marcou minha relação com as diferentes mídias e o design no meu trabalho. Eu tinha dezessete anos.”

            Dois anos depois, antes de se lançar na carreira de cantor e compositor, Catto se mudou para a icônica cidade americana. “Minha melhor amiga de infância e eu fugimos para a Nova York de Warhol com dezenove anos, pra viver como os garotos perdidos dos filmes. Eu voltei para o Brasil e ela está lá até hoje.”

            Dirigido por Daguito Rodrigues e com cor e efeitos de Rodolfo Goulart, o clipe é um retrato imagético não só dessa vida pregressa do cantor como imigrante latino em Nova York, quando o mundo era imenso e as possibilidades imprevisíveis, mas também um reencontro inspirado nos vídeos que Warhol fazia com suas musas freak pela cidade, usando o design e a arte para iluminar o momento. “É pra este lugar que a canção me transporta”, conta, citando o verso O meu país, eu sei, é tudo por um tris, “e a minha musa é Elke Maravilha, a maior de todas.”

            Warhol, então um jovem designer gráfico como Catto, deixou Pittsburg nos anos 40 para se estabelecer em Nova York, onde se tornou um dos maiores artistas do século XX. Elke Maravilha, nascida em Leningrado, abandonou a Rússia com a família quando tinha apenas seis anos, fugindo de perseguição política. “Os dois, como eu, buscaram uma nova casa, uma nova terra fértil para se desenvolverem como artistas. Eu encontrei nos EUA a certeza de que deveria voltar ao Brasil para iniciar minha carreira. Porto Alegre ou Nova York, é sempre o mesmo lugar. O tempo atravessa a gente, mas quem atravessa o tempo somos nós mesmos.”

            Em tempos em que o Brasil tem mais militares no governo que na ditadura e em que vemos políticos e artistas deixarem o país, o cantor preferiu fugir do caminho óbvio de um clipe de protesto, optando para uma narrativa pessoal. “Nesse sufocamento por gases tóxicos na matrix-realidade, o meu lugar no mundo é onde o meu sonho está, algum lugar entre um beat distante e uma noite de montação e rolê com quem a gente ama. Simples assim. É a única coisa que realmente importa agora. A gente gravou num fim de tarde frio em Coney Island, seguido de uma noite divertida andando pelas ruas de Manhattan, parando aqui e ali, bebendo, batendo perna. Começamos a gravar na casa da minha amiga, onde ela fez minha make como tantas outras makes em tantos outros momentos da nossa vida. O momento pede que a gente busque essa nossa essência, o que nos faz bem e quem nos faz bem. Fazendo o que a gente gosta e com quem a gente ama, não importa onde você está, é sempre o mesmo lugar.”

FICHA TÉCNICA

Dirigido por Daguito Rodrigues
Montagem e cores por Rodolfo Goulart
Maquiagem por Tami Costa

Contato: producao@pessoaprodutora.com.br          

Assessoria de comunicação:
Pitanga Cultural

LINK DO CLIPE NO YOUTUBE: https://youtu.be/rIjp2-qm5b8

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