Marysa Alfaia resgata a releitura F… Comme Femme, inédita no digital, em lançamento do selo Caravela via Warner Music Brasil
Canção de Salvatore Adamo entrou em duas trilhas sonoras e coletânea de música francesa na voz de Marysa Alfaia e produção de Lincoln Olivetti
Marysa Alfaia abre seu baú e aos poucos vai contando a sua história de mais de 25 anos de carreira na música, intercalando novidades e relançamentos. Seguindo neste ritmo, a cantora, através do selo Caravela, com distribuição pela Warner Music Brasil, traz para as plataformas digitais a sua releitura de F… Comme Femme, canção do fancês Salvatore Adamo que fez enorme sucesso no final dos anos 60 na voz do próprio compositor. A produção é do saudoso Lincoln Olivetti que deu uma atmosfera dançante nos moldes do R&B eletrônico feito nos anos 90. A gravação de Marysa, inédita no meio digital, fez parte das trilhas sonoras de duas novelas da Rede Globo: “Era Uma Vez”, de 1998, e “Tempos Modernos”, de 2010, esteve presente também na coletânea “Paris Paris”, de 2002, os três títulos foram lançados em CDs físicos pela Som Livre.
O curioso da canção é que bem antes da interpretacão de Marysa, F… Comme Femme, na voz de Adamo, também fez parte de trilha de uma novela da extinta TV Tupi, a Beto Rockfeller, no longíquo ano de 1968. Em 1998, após idas e vindas da Europa, onde consolidava sua carreira de cantora, Marysa recebeu esse presente que foi o convite de Lincoln Olivetti para trabalhar uma nova roupagem para a música. Lincoln, com toda a sua maestria, cuidou dos arranjos e programações eletrônicas. A guitarra ficou por conta do Ricardo Moraes, o Ringo.
“Eu morava na França e tinha várias composições em francês. Em 1993, numa dessas minhas idas e vindas para o Brasil, conheci o Lincoln Olivetti. Ele adorava a F… Comme Femme e, por ser uma das mais pedidas pelo público, a tocava em bailes com sua banda. O estúdio dele parecia uma nave espacial, com ambiente escuro ressaltando as luzes do equipamento. Todo mundo que conheceu o Lincoln sabe que ele não gostava de muita luz, gostava de trabalhar na penumbra, isso facilitava ainda mais o ouvido dele, que era absoluto. Ele botava o afinador de guitarra para eu fazer vocais, fiz vários vocais para ele porque ele me contratou para fazer vinhetas de rádio. Fiz também com ele os vocais para os álbuns póstumos do Tim Maia, Soul Tim I e Soul Tim II, produção do Júnior Mendes e arranjos do Lincoln que tinha as músicas em fitas originais com a voz do Tim. Fizemos coisas para o Peninha e para o Michael Sullivan…Mas isso é porque ele adorou a minha voz e meu timbre, ele achava que eu tinha um swing meio de Baby do Brasil com Elza Soares. Ele também via um lado comportamental meu que o lembrava a Rita Lee. Acabamos virando parceiros. A gente fez a faixa título do meu disco Love Controls que gravei em Portugal em 2008. Voltando à F… Comme Femme, ele me perguntou o que eu achava dessa música. Eu respondi que amava e que fazia parte da minha infância e adolescência. Ele, que já fazia bailes charme com muito r&b, disse que já tinha um arranjo começado. Quando eu ouvi o tal arranjo, eu me apaixonei logo de cara. Então começamos a trabalhar nela. Ele fez questão que eu trabalhasse todos os vocais, todas as dobras. Ficou um trabalho muito bonito, que levou um certo tempo para ficar pronto. Foi um investimento dele como produtor. Aí ele mostrou na Som Livre, que ligou de volta uns três dias depois dizendo que era o ano da Copa do Mundo na França e que valeria a pena entrar numa coletânea de músicas francesas. A música acabou entrando primeiro na novela “Era Uma Vez” e 4 anos depois entrou no CD “Paris Paris” e depois na novela “Tempos Modernos”.” Relembra com carinho, Marysa.
Uma outra recordação de Marysa é justamente quando conheceu o compositor de F… Comme Femme, Salvatore Adamo. “Conheci o Adamo bem depois, em 2015, na França. Assisti a um show dele no Rex e fui falar com ele no camarim. Depois saímos para jantar todos juntos, fiquei super amiga dele, da irmã, dos músicos. Ele me disse uma coisa bem legal ‘Nossa, conheço você já há muito tempo. Eu sei que essa música faz um grande sucesso no Brasil, fez na minha voz e agora faz na sua. O mais curioso é que essa música é um grande hit no Brasil mas aqui na França ela não é das mais conhecidas’. Inclusive ele nem tocou nesse dia no show. A F… Comme Femme era tipo um lado b que virou um estrondoso sucesso com ele nos anos 60/70 e comigo dos 90 até hoje. Meu hit no Brasil”, diverte-se.
Ouça “F… Comme Femme”: https://lnk.to/FCommeFemme
Marysa Alfaia tem circulado no mercado nacional e internacional com sua mescla de ritmos brasileiros e eletrônica nas últimas décadas. O complicado ano 2020 não a impediu de ficar parada, embora os shows presenciais tenham sido cancelados por conta do combate à pandemia de covid-19, Marysa Alfaia voltou-se para o digital com seus lançamentos e suas lives, sempre com convidados especiais em seu próprio Instagram.
Em julho lançou “Eu Parei” trazendo a participação de Gerson King Combo, o último lançamento em vida do cantor, morto em setembro. Na sequência trouxe para o digital os singles “Feito Um Vendaval” e uma versão solo de “Eu Parei”. Marysa guarda para 2021 um conjunto de produtos que serão lançados no mercado digital por meio do selo Caravela em parceria com Warner Music. Estão programados os relançamentos dos álbuns Na Batida da Alfaia (2005) e Love Controls (2009). Ao mesmo tempo que produz material inédito, Marysa Alfaia vai contando aos poucos a sua rica trajetória.
Letra
(Salvatore Adamo)
Elle est éclose un beau matin
Au jardin triste de mon cœur
Elle avait les yeux du destin
Ressemblait-elle à mon bonheur?
Oh, ressemblait-elle à mon âme?
Je l’ai cueillie, elle était femme
Femme
Avec un F rose, F comme fleur
Elle a changé mon univers
Ma vie en fut toute enchantée
La poésie chantait dans l’air
J’avais une maison de poupée
Et dans mon cœur brûlait ma flamme
Tout était beau, tout était femme
Femme
Avec un F magique, F comme fée
Elle m’enchaînait cent fois par jour
Au doux poteau de sa tendresse
Mes chaînes étaient tressées d’amour
J’étais martyre de ses caresses
J’étais heureux, étais-je infâme?
Mais je l’aimais, elle était femme
Un jour l’oiseau timide et frêle
Vint me parler de liberté
Elle lui arracha les ailes
L’oiseau mourut avec l’été
Et ce jour-là ce fut le drame
Et malgré tout elle était Femme
Mais femme
Avec un F tout gris, fatalité
À l’heure de la verité
Il y avait une femme et un enfant
Cet enfant que j’étais resté
Contre la vie, contre le temps
Je me suis blotti dans mon âme
Et j’ai compris qu’elle était femme
Mais femme
Avec un F ailé
Foutre le camp
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Ana Paula Romeiro
Assessoria de Imprensa