“Mata teu pai”, com Debora Lamm, de volta ao Rio de 10 a 26 de junho, no Galpão Gamboa – dramaturgia de texto Grace Passô e direção de Inez Viana
Entre expatriados e imigrantes, a Medéia de Debora Lamm questiona valores atuais, como o feminismo e o preconceito
inspirado no mito de Medéia, de 10 a 26 de junho, no Galpão Gamboa
Entre expatriados e imigrantes, a Medéia de Debora Lamm questiona valores atuais, como o feminismo e o preconceito
“Mata Teu Pai”, de Grace Passô (vencedora dos Prêmios Shell RJ e Cesgranrio na categoria Melhor Texto da temporada 2016, por “Vaga Carne”), é uma livre adaptação do mito de Medéia e foi escrita especialmente para a atriz Debora Lamm. Com direção de Inez Viana e direção de produção de Maria Albergaria, este novo projeto da Cia OmondÉ é a primeira parte de uma trilogia, concebida por Inez, que se propôs a fazê-la, posteriormente, também nas linguagens da dança e da ópera. Entre expatriados e imigrantes, Medéia questiona valores atuais, como o feminismo e o preconceito. A peça volta aos palcos do Rio de Janeiro em 10 de junho no Galpão Gamboa, com apresentações de sábado a segunda, às 20h, até o dia 26.
– “PRECISO QUE ME ESCUTEM!”, diz Medéia em sua primeira fala na peça MATA TEU PAI, de Grace Passô. E ela, aliás, elas, têm muito a dizer sobre nossos dias, nossos tempos tristes, onde imperam o retrocesso e a intolerância. Medéia está em movimento, vive em meio a escombros da cidade onde agora está. Encontra mulheres: síria, cubana, paulista, judia, haitiana. Se vê na mesma condição de imigrante. Algumas tornam-se suas cúmplices, outras suas algozes. Percorre um caminho interior, onde decide que quem tem que morrer é Ele, que a desprezou e tirou seu direito de ser sua mulher. “Que direitos temos nós?”. Ela tem consciência de seus direitos e luta por eles. Para além de um paralelo sobre o mito, Grace Passô recria a sua feiticeira, performantizada por Debora Lamm, e a insere nos dias de hoje, criando assim um debate sobre a condição da mulher atual. Também propõe uma mudança na história, inaugurando uma nova perspectiva e versão para o mito – explica a diretora Inez Viana.
A encenação se baseia no discurso de Medéia, onde o público tem papel fundamental. Junto com a atriz Debora Lamm também estão em cena AsMeninasDaGamboa, um grupo de 10 senhoras da terceira idade, moradoras da região da Gamboa, que formam um coro, espécie de inconsciente de Medéia.
– Medéia é uma protagonista feminina que desafia o amor romântico. Na tragédia de Eurípedes, ela ressignifica o sentimento quando foge com o ser amado, o que fará dela uma estrangeira. Mata o irmão e mais adiante mata seus próprios filhos que tem com Jasão ao se ver traída por ele. A Medéia de “Mata Teu Pai” leva consigo o discurso e angústias do mundo atual. Dar voz a uma personagem milenar será sempre um desafio – comenta Debora Lamm.
Com uma ambientação simples, da cenógrafa Mina Quental, um campo minado se desenha no espaço, trazendo toda a sorte de lixo eletrônico, como caixas e mais caixas de carregadores de celular, baterias, teclados de computador, monitores etc. A luz de Nadja Naira e Ana Luzia De Simoni revela formas, rostos, corpos, de forma transversal, criando contradições nas imagens, para que o espectador possa construir junto, se sentindo parte da história. A direção de movimento de Marcia Rubin recria, a partir do coro de senhoras, uma atmosfera onírica, como se elas habitassem apenas o sonho de Medéia. A equipe de criação conta ainda com a direção musical de Felipe Storino, figurinos de Sol Azulay, caracterização de Josef Chasilew e programação visual de Felipe Braga.
Sexto espetáculo da Cia OmondÉ, pela primeira vez em forma de monólogo, “Mata Teu Pai” estreou nacionalmente em janeiro de 2017 no Espaço Cultural Sérgio Porto, Zona Sul do Rio de Janeiro. Em abril participou da programação oficial do Festival de Curitiba e agora volta ao Rio, após uma temporada de sucesso em São Paulo, onde ficou por todo o mês de maio no SESC Ipiranga, com lotação esgotada.
Em 2017 Debora Lamm celebra 20 anos de carreira
Recentemente, Debora Lamm concluiu as filmagens dos longas-metragens “Como é cruel viver assim”, roteiro de Fernando Ceylão com direção de Julia Rezende (seu personagem ‘Regina’ é uma empregada doméstica de caráter duvidoso) e “Chocante”, roteiro de Bruno Mazzeo com direção de Jhonny Araújo (seu personagem ‘Quézia’ é presidente do Fã Clube de uma boy bands dos anos 80 que tenta ressurgir com eles a todo custo). Ambos serão lançados em 2017.
Cria do O Tablado e com 11 indicações a prêmios de teatro como atriz e como diretora, tem quatro troféus no currículo. Participou de mais de 30 espetáculos dentre os mais recentes “5x Comédia”, de Antônio Prata, Gregório Duvivier, Jô Bilac, Julia Spadaccini e Pedro Kosovski; “Fatal”, de Jô Bilac, Pedro Kosovski e Marcia Zanelatto; “El Pânico”, de Rafael Spregelburd; “Infância, Tiros e Plumas”, de Jô Bilac; “Cock – Briga de Galo”; de Mike Bartlett; “Maravilhoso”, de Diogo Liberano; “O Médico e o Monstro”, de Georg Osterman; “Os Mamutes”, de Jô Bilac; e as “Conchambranças de Quaderna”, de Ariano Suassuna. É integrante da Cia OmondÉ desde sua formação, em 2010. No cinema foi protagonista do sucesso de bilheteria “Muita Calma Nessa Hora” e do premiado “Seja o Que Deus Quiser”, de Murilo Salles. Durante quatro anos, ao lado de Bruno Mazzeo, atuou no primeiro programa de dramaturgia da TV a cabo brasileira, o sucesso “Cilada”. Na TV Globo trabalhou com Mauricio Farias, Dennis Carvalho, Denise Saraceni, Gilberto Braga, Felipe Miguez, Isabel de Oliveira, Guel Arraes, entre outros, em séries e novelas como “Geração Brasil”, “Celebridade”, “Sabor da Paixão”, “Um Anjo Caiu do Céu”, “Junto e Misturado” e, atualmente, é uma das protagonistas do humorístico “Zorra”.
Ficha técnica
Texto: Grace Passô
Direção: Inez Viana
Performance: Debora Lamm
Participação: As Meninas da Gamboa
Direção de produção: Maria Albergaria
Direção de movimento: Marcia Rubin
Iluminação: Nadja Naira e Ana Luzia de Simoni
Cenário: Mina Quental
Figurino: Sol Azulay
Direção musical: Felipe Storino
Caracterização: Josef Chasilew
Programação visual: Felipe Braga
Foto e vídeos de divulgação: Elisa Mendes
Assessoria de imprensa: Máquina de Escrever Comunicação – Catharina Rocha e Mylène Neno
Produção executiva: Junior Dantas e Luís Antônio Fortes
Assistente de produção: Ana Clara Aló
Realização: Eu + Ela
Um projeto da Cia OmondÉ
Sinopse
Entre expatriados e imigrantes, Medéia questiona valores atuais, como o feminismo e o preconceito.
Serviço
MATA TEU PAI
Local: Galpão Gamboa – Rua da Gamboa 279. Tel.: (21) 98460- 1350 / 98460-1351
Site: galpaogamboa.com.br
Temporada: de 10 a 26 de junho – de sábado a segunda, às 20h
Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada), R$ 10 (classe teatral) e R$ 5 (moradores da região da Gamboa, Santo Cristo e Saúde)
Vendas pela internet: www.sympla.com.br/galpaogamboa
Classificação: 14 anos
Duração: 60 minutos
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