Chiquinha Gonzaga é homenageada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
“Ô Abre Alas” para Chiquinha Gonzaga passar
A primeira maestrina do país é homenageada no Theatro Municipal RJ
Acervo Cedoc/ FTMRJ
Considerada a primeira marchinha de carnaval, Ô Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, é o destaque da próxima sexta-feira, 12 de fevereiro, nas plataformas virtuais do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A soprano do Coro do Municipal, Fernanda Schleder, faz uma homenagem à maestrina brasileira que é um símbolo do Carnaval, a festa mais popular do país. No repertório, além da música ‘Ô Abre Alas’, Schleder vai cantar também ‘Forrobodó’.
Foto do site chiquinhagonzaga.com
Sobre Chiquinha Gonzaga
“Ô abre alas que eu quero passar
Peço licença pra poder desabafar”
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, popularmente conhecida como Chiquinha Gonzaga, foi a primeira maestrina brasileira e uma das primeiras compositoras do país. Pioneira, ajudou a criar os patamares da música popular brasileira nos idos de 1900. Seu espírito rebelde e seu amor à música a fizeram abandonar o primeiro marido e a responder, perante o Tribunal Eclesiástico, por abandono de lar e adultério. Seu desejo de liberdade, a fez abandonar um segundo marido até encontrar João Batista, a quem amou até o fim da vida. Depois de seu primeiro casamento desfeito, Chiquinha, para sobreviver e sustentar o único filho que com ela ficou, passou a lecionar piano e canto e disciplinas como francês, História e Geografia. Com o apoio de seu amigo, o músico Antonio Callado, conhecido como “o pai do choro”, Chiquinha passou a compor, como pianista, o conjunto musical de Callado, e, juntos, animavam os saraus e a vida boêmia do início do século XX. Ao longo do tempo, Chiquinha se tornou popular, compôs centenas de músicas, dentre elas a famosa “Ô Abre Alas”, considerada a primeira marchinha de Carnaval. Politizada, culta e popular, Chiquinha lutou pela implantação da República e pela abolição da Escravatura, ajudando a subsidiar grupos abolicionistas. Chiquinha também ajudou a criar o Sindicato Brasileiro dos Autores Teatrais – SBAT, atuante até hoje. A compositora faleceu em 28 de fevereiro de 1935, poucos dias antes do Carnaval. O dia de seu nascimento, 17 de outubro, é dedicado ao Dia da Música Popular Brasileira, uma merecida homenagem a esta grande dama da cultura brasileira.
Crédito da foto: Fred de Assis
Sobre Fernanda Schleder
Soprano, natural do Rio de Janeiro, graduada em canto pelo Conservatório Brasileiro de Música, é bisneta da maestrina e pianista Grizelda Lazzaro Schleder e filha do percussionista João Alfredo Schleder. Aperfeiçoou-se com o professor Frederico de Assis desde 2005. Pertence ao Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2001.Participou como solista nas óperas: “O Chalaça” de Mignone, realizada na Escola de Música da UFRJ; “Le Nozze di Fígaro”, de Mozart, no papel de Condessa, também na Escola de Música da UFRJ e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do Maestro Guilherme Bernstein; “La Bohème”, de Puccini, no papel de Mimi, no projeto ópera de bolso, realizada no Teatro Carlos Gomes. Vencedora do primeiro concurso de canto Lorenzo Fernandez, realizado no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, onde também recebeu o prêmio de melhor intérprete de ária de ópera. Participou do concurso jovens intérpretes de Francisco Mignone, promovido pelo Espaço Cultural FINEP, onde recebeu o prêmio especial de melhor intérprete de Francisco Mignone. Foi solista por dois anos da tournée pelo Brasil do Projeto Mundial “Videogames Live”, com a Orquestra Petrobras Sinfônica
Crédito da foto: Daniele Medeiros
Serviço:
“Ô Abre Alas” para Chiquinha Gonzaga passar
Homenagem à primeira maestrina brasileira
Data: 12 de fevereiro – sexta-feira
Horários: 11h e 16h
Plataformas oficiais do Theatro:
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