Dragqueens fazem intervenção no Congresso Nacional
A performance “TransBrasília”, de Sara Lola e Nina Paola, dia 27 de abril, é uma das atrações do Festival Marco Zero
Crédito: Luca Ayres
“Se o Congresso não vai à diversidade, a diversidade vai ao Congresso”. Esse é o propósito da performance “TransBrasília”, selecionada para a quarta edição do “Festival Internacional de Dança em Paisagem Urbana Marco Zero”. Mistura de arte e política, apresentação acontecerá no dia 27 de abril, às 10h, do lado de fora do Congresso Nacional. Sara e Nina farão uma procissão, cantando, dançando, interagindo e reafirmando que fazem parte da sociedade, da cultura e da identidade brasileira.
Elas vão representar milhões de cidadãos e cidadãs que têm os seus direitos cerceados todos os dias, país afora. A arte é o meio escolhido para expressar a luta por respeito, compreensão, amor, empatia e sororidade. Uma das músicas autorais que serão apresentadas é “A História de Mafalda”, que conta o trágico enredo de uma travesti assassinada a mando do seu amante, que não conseguiu lidar com o amor que sentia por um ser marginal. História fictícia, mas tão cotidiana na sociedade brasileira. Sara e Nina também vão falar sobre autoaceitação, reconhecimento e validação da própria identidade.
A música “Céu de Framboesa” é um encorajamento para quem ainda não assumiu o que deseja ser e/ou fazer, seja na sexualidade, na atuação profissional, na forma de se vestir ou em qualquer outro aspecto da vida.
Sobre Sara e Nina: A dupla surgiu em Brasília e vive no Rio de Janeiro atualmente. Além da cultura, arte e entretenimento, o trabalho tem engajamento em causas políticas e sociais, como a luta pelo respeito às minorias e a garantia dos direitos constitucionais.
Sobre o Marco Zero: Quarta edição do Festival Internacional de Dança em Paisagem Urbana acontece em Brasília de 26 a 30 de abril. Todas as apresentações são gratuitas e em locais públicos, como a Torre de TV, Rodoviária do Plano Piloto e Praça do Relógio. Além de performances artísticas relacionadas à arquitetura de Brasília, o Marco Zero propõe reflexões sociológicas sobre o espaço urbano e sua ocupação pelo povo, os limiares entre o corpo individual e o social, Lei do Silêncio e representatividade LGBTI, entre outros. O evento tem patrocínio do FAC, Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. Idealização de Marcelle Lago e curadoria de Flavia Meireles.